Apenas um lugar para escapar....

sábado, 25 de junho de 2011

Antes do voo, uma mensagem.

Farei uma viagem em família no próximo dia 27 de junho para a Europa. Será uma ótima oportunidade para conhecer o continente que detém alguns dos países mais belos e fantásticos do globo, na minha opinião. E é uma visão de quem nunca deixou sua marca no "mundo europeu", mas aprecia, desde muitos anos e por meio de imagens e vídeos, sua beleza infinita. Mas ok. Devaneios à parte, o que eu vim falar aqui é que, por causa desse magnífico passeio, o meu São João de 2011 inteiro foi construído à base de muita atividade. Mais cerebral, pode-se dizer, porque mesmo resolvendo pendências do tipo: mala, roteiro para estudos de pontos turísticos, documentos e tantas outras coisas, terminei de ler um livro, li mais dois e assisti a três filmes, um deles inédito. A despeito do corpo paradão, minha cabeça deu um giro de 360º. Gostaria de comentar sobre os dois últimos livros que eu li e o último filme a que assisti: Férias, Quem mexeu no meu queijo? e Namorados Para Sempre, respectivamente. Cada um deixou um pouco de sua marca em mim, mas juro como pensei que eles foram feitos depois de terem estudado a minha agitada mente. Quanta coincidência em tão pouco tempo. Coincidências que, felizmente, fizeram-me matutar sobre muitos aspectos da minha vida: pessoal, profissional, amoroso... No primeiro, uma toxicômana é levada pelos amigos, pelo namorado e pela família para um centro de reabilitação, mas insiste em acreditar que ela não é uma dependente! CALMA, GENTE! Eu não sou usuária de drogas, graças a Deus! Mas me vi um pouco na pele da personagem porque já passei maus bocados (o motivo não vem a calhar) e obtive ajuda das pessoas que mais me amavam e eram justamente as que mais eu achava que queriam "me prender" quando, no fundo do coração, só queriam ajudar; o segundo me fez pensar na minha vida profissional. O livro é uma metáfora de dois rapazinhos e dois ratinhos que se encontram em um labirinto e, para sobreviver, precisam encontrar os melhores queijos que se escondem por ele. Cada um tem um jeito de agir e uma forma de pensar. O Queijo significa o seu objetivo de vida e o Labirinto, até onde você chegaria para obtê-lo. Logo, imaginei a minha situação: Jornalista, sem ter conseguido um emprego (desempregada é tão feio, né?) que se meteu a estudar Direito para tentar garantir um futuro melhor e mais qualidade de vida e que, para isso, viu-se enfurnada nos concursos da vida. Sempre de olho nos "freelas" que a vida puder oferecer, é claro! Quem acha que ainda não atingiu os objetivos, é importante não parar para ficar pensando no que fazer: o negócio é agir. Pensar é importante, mas pensar, pensar, pensar... Só isso não leva ninguém a nada. A não ser que quem esteja lendo isso acredite em milagres que caem do céu e espere as oportunidades sempre deitado(a) na cama admirando o sol ou as estrelas, pois a qualquer momento, elas (as oportunidades) podem surgir. E o terceiro... Bom, sinceramente não foi o título "Namorados Para Sempre" que me fez querer vê-lo, porque essa história de "para sempre" existe, mas só enquanto dura. Portanto, a ilusão de que eles tinham uma história linda de vida passou bem longe, ao passo que a sinopse me chamou a atenção: um casal estava à beira do abismo e, cada qual em sua mente, relembrava os momentos bons que tiveram juntos, tentando, de todas as maneiras, reatar o romance, mas percebendo que nada poderiam mais fazer. O momento se foi e tivera sido bom... enquanto durou. O comentário a partir desse filme que me faz pensar na minha própria vida é: quem nunca teve um amor que pensou ser para sempre, mas descobriu que o "pra sempre sempre acaba"? É mais ou menos por aí... Enfim, só queria deixar registrado o quanto três coisas simples podem fazer sua mente revirar que nem um furacão e imaginar (reviver) situações boas, ruins, mas que, de uma forma ou de outra, fazem parte da sua vida e que dela nunca vão sair! Foi bom ter revivido e pensado sobre a vida... A princípio, o feriadão serviria apenas para resolver as pendências da viagem e relaxar um pouco para os longos voos que virão pela frente, mas ele conseguiu me dar um salto para a realidade em que estou vivendo sem nem me pedir licença! Confesso que foi ótimo para mim! Principalmente antes dessa viagem. Quando dizem que Deus escreve certo por linhas tortas, é justamente sobre isso que falam! O inesperado acontece para te fazer refletir e, quem sabe, te fazer melhor do que você parece ou acha que está!!!

*Por Ana Luíza Madeiro

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Be Happy!

Quem acha que ter amor-próprio é fácil, está muito enganado. Em meio a tanta propaganda, a tanta gente supostamente feliz, bonita e bem-sucedida, ter amor-próprio torna-se uma luta árdua contra o que nos é imposto. Afinal, o que é preciso para se amar? Assusta perceber que, de fato, o sorriso exageradamente feliz do Ronald Mc Donalds ainda é o que atrai as pessoas. Onde foi parar a essência que aprendemos a valorizar e buscar desde pequenos? Porque ser bonito, na nossa sociedade cruel e consumista, é sinônimo de ser feliz? Parece cantada de  gente feia mas, de fato, a beleza está muito além dos nossos olhos.

Está na riqueza dos pequenos gestos, nas palavras trocadas aleatoriamente, no carinho tímido entre duas pessoas, na consciência de que queremos bem e somos queridos e na alegria das risadas compartilhadas. Isso, sim, é ser belíssimo, superior. O exterior apenas enriquece quem somos de verdade. Não adianta ser lindo e desenrolado se, entre amigos e família, você não passa de uma pessoa vazia, deslocada e ausente. Para ter amor-próprio, é preciso, antes de tudo, se conscientizar da sua importância na sua vida e nas vidas de quem você ama. Isso irá lhe bastar. Para que mais? O que queremos além de saber que podemos contar com aquela pessoa e que ela te enxerga além da sua pele? Difícil mesmo é chegar a esse ponto, é entender que somos muito mais do que um rosto bonito e uma pele macia. Beleza é fundamental, como disse Vinicius de Moraes. Mas personalidade e amor-próprio são imprescindíveis. Se completam e necessitam um do outro para alcançar a felicidade plena.

*Por Ariane Cruz

segunda-feira, 6 de junho de 2011

De bem com o tempo


Vivemos remoendo o passando e planejando o futuro. Quando iremos, finalmente, nos dar conta de que o presente é o principal eixo de ligação e que irá interferir nesses dois tempos? No passado, logicamente, bem menos, afinal, não é possível modificar águas passadas mas, sim, o seu rumo. Afinal, quem nunca percebeu um erro de ontem e começou a fazer diferente a partir de hoje? E essa é a essência do aprendizado adquirido com as experiências da vida. Já o futuro é construído no presente. Não há esse que consiga viver sem planejar sair da casa dos pais, casar, constituir família ou fazer uma viagem. Planejamentos que necessitam um médio ou longo prazo para serem executados. Mas, ainda assim, onde fica o presente nisso tudo? Cai no esquecimento e a gente tende a viver martirizando situações e sentimentos do passado, ou então sonhando com o que pode acontecer no futuro.

Cada coisa no seu tempo e na sua hora. Esse é o lema que deveria nos orientar a manter a calma e a harmonia diante de tanta pressa e, ao mesmo tempo, efemeridade nessa vida. De fato, é uma verdadeira caminhada que nos enche de agonia e insegurança em relação ao futuro, além da nostalgia pelo passado. Mas, ter equilíbrio é essencial. Saber a hora de esquecer e perdoar aquela mágoa do passado e sonhar sempre alto, mas sem tirar os pés do chão. E, claro, “Carpe Diem”! Viver, amar, sofrer, rir, chorar, trabalhar, aprender e ensinar. Tudo pra hoje e intensamente. O resultado? Só o futuro dirá. E as boas lembranças ficarão muito bem guardadas no passado. Mas, é nele, no presente, que tudo será definido: o ritmo, a intensidade e a importância das coisas que já acontecem ou poderão acontecer.

*Por Ariane Cruz

Cortesia gera Cortesia



Semana passada, li um livro que foi escrito por uma irmã no século XIX sobre CORTESIA. Depois de ter sido um sucesso na época, a obra foi atualizada e revisada por suas alunas, que trouxeram para o século passado os ensinamentos de sua cortês professora. Pois bem. Agora lhes falo porque inicio, às 9h da manhã de uma segunda-feira, um pequeno texto sobre essa palavra que traz tantas consequências positivas para quem a detém. Apanhei um ônibus perto de casa cujo destino seria não mais que cinco paradas adiante. Ao dar bom dia ao motorista - que não me respondeu de volta - fui pedir à cobradora que girasse a catraca, eu lhe pagaria e ficaria ali mesmo, pois desceria em breve. E foi aí que me lembrei do livrinho de 108 páginas: Com total ausência da cortesia naquele momento, fui recebida com grosseria e mau humor, mas decidi não discutir. Ao sentar em um dos assentos vazios, olhei para a cobradora cuja getileza estava muito bem escondida em algum lugar e comecei a matutar. Lembrei-me dos meus muitos estágios pelos quais passei e de pessoas diversas com as quais tive a oportunidade de conviver por muito ou pouco tempo: gente humilde, gente podre de rica, gente culta, gente preguiçosa, e com muitas outras qualidades - ou defeitos - que se possa imaginar. Costumava dizer às pessoas que aqueles mais humildes são os que mais me faziam bem, com quem mais eu gostava de conversar e os que mais me proporcionavam carinho e cordialidade. Achava que talvez a cortesia tinha a ver com posição na empresa ou classe social. Os mais pobres sempre me tratavam com uma naturalidade amiga que não existia na maioria dos gerentes e afins. E, por causa das experiências que tive com pessoas de todos os níveis, continuava tendo essa opinião, pois nunca tinham me mostrado o contrário. Até hoje. Não é preciso ter dinheiro, vestir-se bem ou ser culto para mostrar cordialidade e nem ter muito menos da metade no bolso do que o seu superior tem para ser cortês: a cortesia vem do caráter. E caráter, meu amigo, não depende de dinheiro, de interesse, de posição social ou de ter um Audi R8 na garagem de casa. Caráter vem de dentro e, talvez, dependa de uma única coisa que você pode ou não ter tido durante a sua vida, dentro ou fora de casa: educação. Talvez! Porque, nem sempre é o que nos faz ter caráter e ser gentil. Alguns podem até pensar: "Mas as pessoas que são cordiais e gentis têm seus momentos ruins, talvez elas não tenham tido um comecinho de manhã tão boa ou devem ter passado por algum momento infeliz no fim de semana." Concordo, somos seres humanos, de carne e osso e, portanto, temos nossos momentos delicados. O que se deve fazer, porém, é pensar: o que Fulano ou Beltrano tem a ver com os meus problemas e, principalmente, se eles estão sendo corteses comigo? Gente, eu não sou de ferro, já deixei muitas pessoas tristes por atos cometidos devido a alguma insatisfação própria com a vida, mas eu reconheço que está errado. O que lhes vou falar agora é clichê, mas cabe perfeitamente aqui: A vida é um espetáculo em que não existe ensaio. Caiu, levanta e segue em frente. Falou, machucou, seja humilde, peça desculpas e siga, não vai ter volta. Mas é justamente durante as cenas inéditas e sem volta que aprendemos a viver. Aprender que, ao longo de nossa existência, passaremos por maus bocados, mas não é por isso que devemos ser ignorantes e se utilizar da grosseria para descartar em pessoas que estão ali para, no mínimo, desejar-lhes um bom dia. Vá por mim: cortesia gera cortesia e isso, reitero, não tem nada a ver com o que você faz ou deixe de fazer: tem a ver com o que você É.

*Por Ana Luíza Madeiro

sábado, 4 de junho de 2011

De repente... É amigo!


Seres. Humanos. Racionais. Em alguns casos, faltam as duas últimas características. E, na maioria deles, há a ausência da racionalidade. Que ninguém venha me dizer que nunca gritou, xingou ou falou o que não devia para pessoas que amava e que considerava as mais importantes de sua vida, talvez. Isso é ABSOLUTAMENTE NORMAL. Existe, porém, algo que não sei se é normal, mas que é muito bom quando acontece durante a nossa existência. É a descoberta de uma sensibilidade em alguém de quem você mal sabe o nome, mas sente uma energia harmônica tão grande que é capaz de contar toda a sua história em uma tarde e não se arrepender pelo resto de sua vida. Não sei se essa qualidade de pessoa tem um nome, mas me atrevo a dizer (e com toda a sinceridade que me envolve) que é muito bom ter alguém assim do seu lado: todas as sensações do momento ficam cobertas de amabilidade, carinho, afeto, compreensão e, o mais importante, amizade. Falo porque sinto e com coisas do coração não se brinca nem se mente... Até o choro feio fica engraçado e o abraço que, aparentemente, seria como um qualquer (não subestimando o "qualquer" porque sou adepta fiel de sua distribuição), fica recheado de sentimentos. Amigos são para ser conquistados e costumam dizer que a verdadeira amizade e as boas sensações desta vêm com o tempo. Concordo. Mas concordo também que essa tal aí sobre a qual dissertei não depende de tempo e nem de conquista: basta encontra-lá em qualquer local onde você esteja. As almas terão a função de uni-los para uma conversa agradável em algum lugar do planeta, pode acreditar...   

*Por Ana Luíza Madeiro