É engraçado. Muitas vezes, não damos o devido valor às coisas simples que acontecem em nossas vidas. Mas, por incrível que pareça, são, exatamente, essas pequenas coisas que menos conseguimos entender. Que o ser humano é complexo, todo mundo já sabe. Nossa mente trabalha com um emaranhado de sentimentos tão complicados que até mesmo a evidência se torna difícil de ser compreendida. Mas uma coisa é certa. Muito do que sentimos e todas as nossas atitudes estão relacionadas com a nossa própria personalidade. É preciso, para isso, se conhecer profundamente para conseguir entender a si mesmo. E isso não é nada fácil. Quando não ocorre dessa maneira, muito provavelmente você vai ouvir uma frase que diz “quem vê de fora, vê melhor”. Às vezes, agimos de uma forma tão correta aos nossos próprios olhos que não queremos ouvir mais ninguém, pois tudo o que for ouvido vai ser descartado. E é quando se passa pela nossa vasta e misteriosa mente: ”ninguém me entende”. Ora, são as pessoas que não te entendem ou é você mesma que não se entende? Temos que aprender a não tentar contornar as situações de qualquer maneira quando, no fundo do coração, sabemos que é aquilo, que é evidente, que é o óbvio. É fácil entendermos às pessoas, é fácil chegar para alguém e dizer o que deve ser feito, mas olhar para si e descobrir o que tem de errado é difícil, é ruim, dói. Por isso, é essencial que o ser humano saiba olhar para o interior de si mesmo e tentar descobrir o que de tão óbvio o cerca que ele não consegue admitir. Quando a pessoa se conhece e passa a assumir seus erros, ela vai, sim, se tornar um gênio. Porque gênio não é aquele que acha que sabe tudo, que faz planos mirabolantes ou inventa coisas na ciência que até Deus duvida. Gênio é aquele capaz de se definir, porque não há nada mais complicado e difícil do que se ver, para, assim, enxergar o óbvio.*Por Ana Luíza Madeiro
